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verdade é que desde pequena aprendi a ser total. Não sei ser metade. Não consigo ser "mais ou menos". Meio termo é uma abstração enorme pra mim. Quando sou amiga, sou amiga por inteiro. Abro minha casa pra abrigar os expatriados; pago a viagem, o jantar ou o café; vou pro tribunal junto; divido apartamento pra facilitar a vida; atendo o telefone no meio da madrugada pra consolar. Sou inteira amiga. Compro o barulho, ofereço a mão, o ombro e a roupa de madrinha. Qual o problema? Quando gosto de alguém, gosto por inteiro. Gosto do mau humor matinal, das poucas e profundas palavras, dos pequeninos gestos de carinho, das risadas, do tempo compartilhado. Gosto por inteiro, inclusive dos defeitos. Quando sou namorada, sou namorada por inteiro. Me preocupo; compro presente; ouço as reclamações da sogra; brinco com os sobrinhos; divido a conta; faço cafuné; aturo má fase no trabalho e tensão pré-monografia. Inteirinha namorada. Com direito a ciúme, bico e bilhetinho carinhoso sem motivo. Quando sou profissional, sou por inteiro! Mergulho de cabeça no projeto proposto. Me empenho, estudo, traço plano de ação, faço e aconteço. Dou sangue, suor e cerveja. Acho que por isso nunca gostei daquele papo de "metade da laranja". Sou uma laranja inteira, oras. Me incomoda profundamente quando não estou inteira em alguma coisa. Do mesmo modo, quando preciso interagir com alguém que é pela metade, fico a beira do surto. Por isso, digo aqui em alto e bom som que cansei! Cansei dos amigos pela metade, que não atendem sua ligação nunca e também não encontram meio segundo pra responder um scrap. Cansei dos amores pela metade, que não compartilham o tempo, as frustrações e os sonhos. Cansei do trabalho onde só posso ser metade de quem sou de verdade, porque a minha totalidade é demais pra lá. Agora só quero o que for inteiro. Porque nenhuma metade me satisfaz. Nem mesmo a metade do pão.

+ Sobre mim: Priscila Menezes. 22 anos (10/10). Fortaleza/Ce. Graduando em Educação Física na Universidade Estadual do Ceará. Baixinha. Super sincera. Sou chata, enjoada e dramática. me afasto de pessoas hipócritas, falso-moralistas e interesseiras. Gosto de pessoas engraçadas, sinceras e com Deus no coração. Sou católica, heterossexual, tenho amigos gays, ouço músicas evangélicas, e já namorei branquinhos e moreninhos. Entendeu que o pre-conceito não existe em minha vida?! Amo Deus, família, meus amigos e os animais. No mais, procurem me conhecer nas postagens.

Me encontre aqui:

Contato: pri-lindinh@hotmail.com

"Chora fácil, de despedidas então, nem se fala. Dizer adeus para ela é um martírio." — Bruna Cassiano


Texto, modelo e icones: Gabrielle Rodrigues - Re-florescer







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